Quando você lava o seu cabelo, a quantidade de fios acumulados no ralo do banheiro te assusta? Ou o pior é o momento de pentear? Identificar-se com essas cenas pode ser um sinal de alerta para o eflúvio telógeno.
Estamos falando de um tipo de queda de cabelo gerada quando o corpo passa por situações estressantes, que desequilibram o funcionamento normal do organismo e afetam a saúde capilar.
É uma condição bastante específica e que precisa de avaliação do médico dermatologista e tricologista. Por isso, conversamos com o Dr. Bruno Machado, especialista da Dermatre Capilar, para entender melhor sobre o assunto. Continue lendo e confira!
Afinal, o que é eflúvio telógeno?
Uma perda extrema de fios: é assim que essa condição é representada, como explicou o Dr. Bruno. “De maneira geral e simplificada, o eflúvio telógeno é caracterizado por uma queda difusa e acentuada de cabelo, geralmente mais do que 100 fios por dia, podendo ser observada através da avaliação do aumento da quantidade de fios no travesseiro, escova e ralo durante a lavagem.
Os pacientes podem perceber mais de 600 fios perdidos por dia, ou seja, uma quantidade seis vezes superior do que a considerada normal. Isso acontece porque o ciclo de vida do cabelo é alterado.
Normalmente, passamos por essas três fases, que costumam durar até sete anos:
- anágena: o crescimento do fio;
- catágena: estabilização (também chamada de “transição” ou “repouso”);
- telógena: é a queda, quando o fio sai do folículo piloso.
Vale ressaltar que essas três etapas estão presentes ao mesmo tempo, pois vivenciamos fios em crescimento e queda a todo momento. Porém, quando o eflúvio telógeno aparece, uma maior quantidade de cabelo passa pela última etapa.
Por que isso acontece?
Como mencionamos anteriormente, as situações estressantes – tanto físicas, quanto emocionais – estão por trás do eflúvio telógeno. Por exemplo:
- cirurgias;
- pós-parto;
- infecções: dengue, gripe e covid-19, entre outras;
- cirurgia bariátrica;
- anemia;
- alterações hormonais;
- sofrimento psíquico;
- febre;
- dietas muito restritivas;
- doenças diversas, como pneumonia e sinusite.
É possível perceber que as causas são várias, mas elas possuem em comum o fato de que o organismo precisa ter foco para combater o fator do estresse (uma infecção, por exemplo) e, assim, a saúde dos cabelos fica em segundo plano.
Qual a diferença com os outros tipos de queda capilar?
A perda de fios de cabelo pode ser gerada por diversos problemas, não apenas o eflúvio telógeno. Nos consultórios da Dermatre Capilar, uma condição comum é a alopecia androgenética que, por fatores genéticos, afeta homens e mulheres, promovendo uma perda concentrada dos fios.
“Enquanto o eflúvio telógeno é uma queda capilar difusa e temporária, as demais alopecias são, geralmente, perda de cabelo permanente e localizada, causada por diferentes mecanismos fisiopatológicos, desde hormonais a autoimunes, que afetam o ciclo capilar de forma distinta”, esclareceu o Dr. Bruno Machado, médico dermatologista e tricologista.
A boa notícia é que, ao contrário da alopecia, o eflúvio telógeno não possui a capacidade de gerar a calvície. Contudo, isso não significa que não necessita de tratamento, pois é importante diferenciar o tipo do dano para entender como saná-lo.
O diagnóstico do eflúvio telógeno
A identificação do eflúvio telógeno passa por diversas análises, a fim de compreender com precisão o motivo da queda de cabelo, como nos detalhou o especialista. “Envolve uma avaliação minuciosa da história clínica do paciente (anamnese), exame físico detalhado do couro cabeludo e exames laboratoriais complementares para determinar a causa subjacente da queda capilar”.
É necessário também identificar se o problema é agudo ou crônico:
- eflúvio telógeno agudo: possui as características explicadas anteriormente, com uma grande queda de fios após uma situação de estresse para o organismo;
- crônico: o paciente percebe que o distúrbio se repete de forma cíclica, por exemplo, até duas vezes ao ano. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) exemplifica essa situação com o cabelo que se torna mais volumoso na base e menos no comprimento. É como um “rabo de cavalo” fino. Você se identifica com essa representação?
Procure ajuda médica para realizar os procedimentos de diagnóstico e iniciar os tratamentos. Com a fototricoscopia, por exemplo, o especialista poderá identificar o que realmente está ocorrendo com seus fios.
“É um exame que consiste em grande ampliação da imagem através de microscopia digital, favorecendo ao profissional médico a observação da real condição do couro cabeludo e as possíveis alterações das hastes capilares”, acrescentou o Dr. Bruno, que realiza essa análise rotineiramente na Dermatre Capilar.
Medicamento para eflúvio telógeno
Depois de conhecer o que é o eflúvio telógeno, a dúvida que resta é sobre o tratamento. Saiba, portanto, que o problema pode ser “autolimitado”, ou seja, resolvido naturalmente.
Todavia, a tricologia possui recursos que nos ajudam a driblar a situação e obter maior saúde para o cabelo. “Os tratamentos do eflúvio telógeno incluem abordagens como suplementação vitamínica, terapias tópicas e orais, além de orientações sobre cuidados capilares adequados. Embora em alguns casos o problema possa se resolver espontaneamente, intervenções ambulatoriais, como a intradermoterapia e microinfusão de medicamentos na pele, são frequentemente necessárias para acelerar a recuperação capilar”, descreveu o dermatologista e tricologista.
A intradermoterapia citada pelo Dr. Bruno é o procedimento de aplicação de medicamentos ou vitaminas no couro cabeludo, de forma que os ativos possam agir já nos folículos pilosos, com o objetivo de diminuir a queda e estimular o crescimento dos fios.
Antecipe-se à queda de cabelo após a dengue e outras infecções
Não é possível evitar completamente o eflúvio telógeno, mas podemos ligar o sinal de alerta quando esse problema se aproxima. Um exemplo é durante o verão brasileiro, marcado pelo aumento dos casos de dengue e, especialmente em 2024, uma epidemia.
A dengue, assim como a covid-19, gripe, resfriados e outras infecções, desencadeia a queda de cabelo, geralmente, depois de três meses da cura. Você está passando por essa situação?
Procure restabelecer sua saúde com os cuidados médicos prescritos, alimentação equilibrada e descanso. No entanto, não deixe de já se antecipar ao eflúvio telógeno.
Os tratamentos mencionados pelo Dr. Bruno Machado, por exemplo, podem ser realizados antes da queda intensa. Procure a Dermatre Capilar para uma avaliação e controle de qualquer dano, de forma que a perda dos fios não te encontre desprevenido!
Mensagem do especialista sobre eflúvio telógeno
Você acredita que está passando por esse problema? Veja o recado final do Dr. Bruno Machado:
“Recomendo aos pacientes com eflúvio telógeno, primeiramente, paciência, considerando a transitoriedade do quadro. Também adotar uma rotina capilar suave, evitar trações excessivas, manter uma alimentação balanceada (não restritiva) e buscar orientação médica para uma abordagem terapêutica individualizada, visando a recuperação do ciclo capilar e a redução da queda de cabelo. Não se desespere, pois os fios perdidos serão recuperados e temos uma vasta gama de procedimentos efetivos para abreviar essa perda e potencializar a capacidade dos folículos em gerar fios mais fortes e saudáveis”.
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